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Alteração dos Critérios de Vacinação da Vacina da Astrazeneca



No dia 7 de abril, o Comité de Avaliação de Risco em Farmacovigilância (PRAC) da Agência Europeia do Medicamento (EMA) apresentou o resultado da avaliação dos vários dados de farmacovigilância, concluindo a existência de uma relação causa-efeito entre a administração da Vacina AstraZeneca e a ocorrência de eventos trombóticos (ou seja, tromboses) apesar de muito raros.

Em simultâneo, a Direção-Geral da Saúde (DGS) e outras autoridades de saúde europeias alargaram a administração da vacina da AstraZeneca a pessoas com mais de 60 anos, depois de ter sido comprovada a eficácia neste grupo etário. Mas porque que fizeram a restrição de idade? Será seguro? A que sinais devo estar atento após ser vacinado?

Esclareça toda as suas dúvidas e fique a saber mais sobre a Vacina e como funciona, bem como os sinais e sintomas que deve ter em atenção pós-vacinação.

O que sabemos sobre a vacina?

A vacina Covid-19 AstraZeneca é uma das vacinas autorizadas pela EMA (Agência Europeia do Medicamento) e pela FDA (Estados Unidos) para a prevenção da doença provocada pelo vírus SARS-CoV-2 ou vírus da Covid-19.

Esta vacina foi desenvolvida em conjunto com a Biofarmacêutica anglo-sueca AstraZeneca e a Universidade de Oxford. Consiste numa tecnologia já muito estudada para a produção de vacinas, em que se recorre à utilização de um vetor viral, neste caso o adenovírus modificado de chimpanzé, não patogénico no humano. Este vírus, vai servir assim de transporte para o gene que codifica as proteínas S (Spike) do SARS-CoV-2, responsáveis pela infeção das nossas células.

Como funciona a vacina?

Quando administrada, a vacina transporta o gene das proteínas S (Spike). O nosso sistema imunitário vai reconhecer esta proteínas como estranha e produzir anticorpos e ativar células T (glóbulos brancos) para atacá-las, criando uma imunidade humoral e celular poderosa contra o vírus da Covid-19.

Assim, caso o nosso organismo entre em contacto com o vírus da Covid-19, o nosso sistema imunitário é rapidamente capaz de reconhecê-lo e impedir o desenvolvimento da doença.

Quais são as possiveis reações adversas?

  • As reações adversas muito frequentes (≥1/10) são ligeiras ou moderadas em intensidade e resolvidas alguns dias após vacinação: sensibilidade, dor, calor, prurido ou equimose no local da injeção, fadiga, mal-estar geral, mialgia, artralgia; febrícula (< 38ºC), arrepios, cefaleias, náuseas.

  • Reações adversas frequentes (≥ 1/100 e < 1/10): trombocitopenia, tumefação ou eritema no local da injeção, febre (>38ºC), vómitos e diarreia.

  • Reações adversas pouco frequentes (≥1/1000 e <1/100): tonturas, sonolência, linfadenopatia, rash cutâneo, prurido no local da injeção, sudação, diminuição do apetite.

  • Reações adversas muito raras (<1/10.000): trombose concomitantemente com trombocitopenia. Foram notificados casos graves e muito raros de trombose em combinação com trombocitopenia na fase pós comercialização. Estes incluem tromboses venosas tais como trombose dos seios venosos cerebrais, trombose da veia esplâncnica, bem como trombose arterial.

  • Reações adversas de frequência ainda desconhecida (não pode ser estimada com os dados disponíveis): anafilaxia e hipersensibilidade

Porque foi a vacina recomendada só para maiores de 60 anos? O que mudou?

Quando se iniciou o programa de vacinação em massa da população, muitos países não recomendaram a administração da vacina a pessoas com mais de 65 anos prendeu-se pelo facto de não terem sido recolhidos dados suficientes durante os ensaios clínicos, sobre a avaliação beneficio-risco da administração da vacina a população com mais de 65 anos.

À medida que a vacinação foi decorrendo, milhões destas vacinas foram administradas em todo o mundo, o que permitiu concluir a existência de eficácia da vacina nesta faixa etária.

Esta decisão foi baseada em estudos de risco-benefício. A covid-19 é uma doença grave associada a risco de internamento e mortalidade. Adicionalmente, à medida que a idade avança, o risco de complicações por COVID-19 aumenta e diminui o risco dos eventos trombóticos que estão a ser associados a esta vacina. Outro aspeto que estes estudos mostraram foi não haver uma associação entre a ocorrência de fenómenos trombóticos e a administração da vacina da AstraZeneca na população acima de 60 anos.

Por outro lado, nas populações mais jovens, o risco de complicações de COVID-19 é baixo, sobretudo em pessoas sem doenças, e é nestas populações que foram verificados os fenómenos trombóticos em investigação. A maior parte dos casos de tromboses com redução acentuada do número de plaquetas ocorreu em mulheres com menos de 60 anos e até duas semanas após a vacinação.

Em quem já levou a primeira dose da vacina?

Relativamente às pessoas que já foram vacinadas com esta vacina, é importante reforçar que uma só dose da vacina confere total imunidade à Covid-19. Após a administração da primeira dose da vacina, o nosso sistema imunitário começa a produzir anticorpos pelos linfócitos B contra a Covid-19 e a recrutar Linfócitos T, capazes de destruir o vírus. Contudo, a partir de certa altura, a quantidade de linfócitos B e de linfócitos T começa a diminuir progressivamente.

Só com a segunda dose da vacina é que conseguimos adquirir a resposta imunitária total, mais eficaz e especifica contra a Covid-19, chamada de imunidade celular, não dependente de anticorpos.

Outro aspeto importante em ter em conta é o facto de estas reações adversas relatadas são extremamente raras. No entanto, é importante que as pessoas vacinadas se mantenham atentas aos surgimentos de eventuais sintomas nas duas semanas após a vacinação, fazendo assim prevalecer uma ativa do estado de saúde.

Quais os sintomas a que devo estar atento após levar a vacina?

  • Dores de cabeça persistentes;

  • Hematomas;

  • Manchas vermelhas na pele

  • Falta de ar persistente;

  • Visão turva;

  • Dores abdominais;

  • Inchaço nas pernas.

A pensar neste e outros fatores, a Ferreira da Cunha Saúde criou um serviço que o poderá ajudar a deixar mais tranquilo após a vacinação:

Check-up pós Vacinação

O nosso check-up Pós-Vacinação consiste numa avaliação personalizada dos doentes que já foram vacinados contra a Covid-19, tendo por base o historial clínico completo dos doentes.

Inicia-se com uma avaliação presencial clínica feita por um Médico de Medicina Geral e Familiar (MGF) ou de Clínica Geral, no caso de adultos, ou com o Médico Pediatra, caso se trate de uma criança.

Nesta consulta, é feita uma avaliação completa do historial clínico do doente (de sinais ou sintomas sentidos após levar a vacina, gravidade dos sintomas, características e evolução dos sintomas), a avaliação de fatores de risco (comorbilidades) e ainda uma avaliação do estado físico e psicológico do doente.

Após esta consulta, o médico irá efetuar a prescrição de análises e exames complementares que considere pertinentes para a avaliação completa do doente (análises clínicas, raio-x toráx, ECG simples e espirometria) e, ainda a prescrição um teste serológico de forma a avaliar a eficácia da vacina e a imunidade do doente à doença.

Quando receber os resultados dos exames realizados, é feita a avaliação dos mesmo e orientação clínica dos próximos passos.

Por fim, o médico poderá fazer a indicação da necessidade para realização de interconsultas, como psicologia, cardiologia, fisioterapia respiratória, entre outras que possa considerar pertinentes e/ou necessárias.

Quem deve realizar este check-up e quando?

Este check-up é indicado para todos os utentes que já foram vacinadas para a Covid-19.

Aconselhamos a realizar uma consulta de avaliação no mínimo 30 dias após a toma da ultima dose da vacina.

Qual a importância de fazer uma avaliação Pós-vacinação contra a Covid-19?

Uma avaliação e acompanhamento dos utentes após vacinação, evitando uma investigação exagerada desnecessária, proporcionando uma vigilância contínua e prolongada no tempo, centrada na saúde e bem-estar da pessoa, é fundamental para a segurança da manutenção do estado de saúde físico e psicológico, podendo ajudar a controlar e a diminuir o estado de ansiedade e segurança.

Este serviço possibilita, ainda, a oportunidade de uma referenciação adequada e célere a outra especialidade em caso de suspeita de doença grave ou necessidade de abordagem multidisciplinar e/ou de reabilitação (por exemplo: fisioterapia respiratória).

Quer agendar o seu check-up pós-vacinação? Pode ir à nossa página de marcações online, ligar para o +351 911 744 909 ou clicando aqui!

Faça o seu Check-up Covid-19 ou Check-up imunitário connosco sem sair de casa. Fazemos as recolhas de amostras ao domicílio. Para agendar um teste ao Covid-19 connosco basta ir à nossa página de marcações online ou ligar para o +351 911 744 909.

Conte sempre com os profissionais da Ferreira da Cunha Saúde para cuidar de si, onde e quando precisa.

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